quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Incêndio na UFPA: 3 anos de pesquisa e R$2,5mi de prejuízo

UFPA: prejuízo de R$ 2,5 mi e 3 anos de pesquisa

Um prejuízo de R$ 2,5 milhões. É este o valor estimado dos danos causados pelo incêndio no prédio do laboratório de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Pará (UFPA), no campus Guamá, em Belém, ocorrido na madrugada do último domingo (22). “Ainda é cedo para falar, mesmo porque ainda não foi iniciada a perícia no edifício. Mas pelo pouco que vimos, a perda foi enorme. Equipamentos, documentos e anos de coleta de dados foram embora com o incêndio”, declara José Nazareno de Souza, diretor da Faculdade de Engenharia de Alimentos.

O prejuízo abrange instrumentos laboratoriais caros como um cromatogerador, utilizado em análise química, avaliado em R$ 600 mil. “O aspecto mais grave desse incidente será restabelecer as pesquisas perdidas. Era feito backup de todos os computadores. Mas as amostras não poderão ser recuperadas. Avalio que atrasamos nossa pesquisa de dois a três anos”, afirma Souza.

O diagnóstico de alunos que trabalhavam no prédio, como o da doutoranda Rebeca Souza, torna o caso ainda mais desolador. Ela visitou ontem o campus, para ava-

liar por conta própria os estragos. Ainda tentava se recobrar do choque de ver dois anos de pesquisa se reduzir a fuligem e pilhas disformes de detritos. “Mais de 30 pessoas estavam trabalhando neste laboratório. Eram bolsistas, mestrandos, doutorandos, pesquisadores estrangeiros. Tem um grupo de belgas que está fazendo um convênio aqui. Eu faço meu doutorado na USP (Universidade de São Paulo), mas desenvolvo meu trabalho aqui. Não sei o que vai ser agora”, lamenta.

Ainda não foram estabelecidas as causas do incêndio e nem há prazo para o laudo. As investigações estão sendo geridas pela Polícia Federal e Corpo de Bombeiros. Uma das possibilidades seria um curto-circuito ocasionado por um apagão ocorrido no campus na noite anterior ao incidente. “Eram mantidos em funcionamento no laboratório cinco freezers e três geladeiras, local onde eram guardadas as amostras das pesquisas, e vários aparelhos de ar-condicionado, já que a sala tinha que ser mantida resfriada a todo o momento”, conta o diretor da Faculdade de Engenharia de Alimentos.


Fonte: Diário do Pará


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