quarta-feira, 7 de março de 2012

Engenheiro de Alimentos no ápice da Engenharia: Projeto das Indústrias de Alimentos (Parte 02)

Mais um repost do EA-UFC. Aguardando o próximo, Rafael!


Dando início hoje à esta discussão sobre o Projeto das Indústrias de Alimentos. 

Todo processo alimentício tem suas peculiaridades. O processamento de refrigerante não é semelhante ao processamento de biscoitos, que por sua vez, não é igual ao processamento de suco, que é diferente do processamento de chiclete e assim por diante.

Contudo, muitos pensam que o projeto começa no tamanho das paredes e no tamanho do teto. Mas não é bem assim. 

Mas por que?

Ora, imagine a cena: você monta uma indústria, com portas de 2 metros de largura, por 2 de altura. (Certamente passará as pessoas). Agora suponha que esta mesma indústria possua 60 metros de área de processamento. (O projeto sendo feito antes de qualquer noção mais profunda do que se irá processar, como se um dia o dono amanhecesse e pensasse: vou fabricar geléia de sapoti, ergam o pavilhão! - alguns amigos da EA da UFC vão entender o porquê do produto, rs).

Pronto! A indústria física está erguida. Vamos contratar o Engenheiro de Alimentos que vai dimensionar os equipamentos e elaborar o fluxograma de produção.

-- Diáologo:

Engenheiro de Alimentos: Sr. Manel (dono da fábrica), temos um grande problema!
Manel: Como assim? porquê? o que houve?

Engenheiro de Alimentos: O senhor deseja fabricar geléia de sapoti não é? pois bem, a maioria dos equipamentos possuem mais de 4 metros de largura. Não passam pelas portas.

Manel: AHHH meu Deus!

Engenheiro de Alimentos: E tem outra... após o dimensionamento de todos os equipamentos, fazendo e re-fazendo o lay-out de modo que utilize o espaço que a empresa possui, ainda fica faltando 10 metros para toda a linha de processamento.

Manel: Poxa vida! Vamos ter que derrubar tudo então?

Engenheiro de Alimentos: É.. aparentemente sim, o prédio não comporta esse tipo de fábrica.

--

Essa é uma situação muitas vezes rotineiras em muitas fábricas de alimentos, sendo ela novas ou ampliação no portifólio de produtos, bem como modificação de produtos e processos existentes. 

Este primeiro post serve como reflexão de como o Engenheiro de Alimentos é importante desde o embrião do Parque Fabril. Se ele tivesse acompanhado desde o começo, certamente as paredes seriam mais largas e sugeriria adaptações nos setores da fábrica para que a linha de processamento comportasse todo o fluxograma seguro (de modo que evite a contaminação cruzada) e os equipamentos que ali irão ''tocar'' as operações unitárias.
 
 
 É como eu digo: galpão é galpão, indústria é indústria!
Até Mais! 

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